quinta-feira, 9 de julho de 2009

Perpetuum Jazzile

Este post nada tem a ver com Cabo-Verde, mas não resisti. Também fala de África... Musicalmente!!! :P
Achei este coro um espectáculo. Para além de usar o poder da voz, fazem coisas girissimas com as mãos!

Degustem!!! 5 estrelas!!!




Bana

Este senhor levou a morna (juntamente com Cesária Évora) ao mundo.
Há quem compare a morna ao fado mas, sinceramente, acho que a única coisa que estes dois estilos musicais tem em comum é o facto de serem a alma de um povo.
Confesso que nunca fui grande fã do Bana (ele faz mais parte da geração dos meus pais), mas este senhor muito fez pela música e pelo povo de Cabo-Verde.


Bana - Mexe Mexe (desta vez sem tradução... Aprendam criolo! É cultura!!!)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dança Ma Mi Criola

Esta não é a minha vingança, mas quero aqui deixar uma coisa engraçada que aconteceu. Para ter a certeza que a letra da música estava certa coloquei no google "Dança Ma Mi Criola letra"
Não é que para meu grande espanto está em primeiro lugar letra desta música mas na versão brasileira interpretada por Martinho da Vila!
Não dizer se a versão dele é melhor (ainda não ouvi :p), mas não há amor como o primeiro; mas pelo menos já não é preciso tentarem adivinhar o que canta Tito Paris...


Dança comigo, criola
Ai, cola em mim
Vem se divertir
Bem na coladeira

Vem aqui, criola
Pode colar em mim
Mexer no funaná
E na morna a noite inteira

É mais que bom lá
Boa terra é Cabo Verde
Lá eu me senti
No meio da tradição

Chega em mim e aperta
Bem forte, quero sentir
Calor de moreninha
Queimada, de olhos verdes

Gosta de percebes
Gracas e lapinhas
Mas se toma um grogue
Sobe pelas paredes

"Sabura é lá na nu terra Cabo Verde
Lá no tá senti na mei nus tradiçon

Dança má mi criola, ai, colá na mim
Pensa na passá sabim num coladera"

Lá na cidade velha
No meio da tradição
Cola de San Jon
No meio da tradição
Santiago e São Vicente
No meio da tradição

Tito Paris

Eu tinha resolvido dedicar esta semana a Cabo-Verde devido à comemoração da Independência. Infelizmente ontem não pude postar nada, mas se não for hoje, amanhã vingo-me!!! :p (E não! A razão pela qual ontem não postei nada tem a ver com a homenagem/espectáculo/enterro do Michael Jackson...)

Portugal teve Amália; Cabo-Verde ainda tem Cesária Évora!
Portugal teve Alfredo Marceneiro, Max, e outras vozes, e de momento tem o Marco Paulo, e outros que não me recordo; Cabo-Verde teve e tem o Bana e o Tito Paris!

Este vídeo é de uma música bastante conhecida de Tito Paris: Canta Ma Mi Criola


Dança ma mim criola cola na mim
Pensa na passá sabe num coladera

Sabura é lá na nôs terra cabo verde
Lá nô ta sinti na meio d'nôs tradiçon

Tchiga na mim bô perta'm forte quê pa'm sinti
Calor di bô morininha óh cabo verde

Sabura é lá na nôs terra cabo verde
Lá nô ta sinti na meio d'nôs tradiçon




segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cabo Verde

Como disse ontem, dia 5 de Julho celebra-se a Independência de Cabo Verde.

Aqui em Portugal temos o "Heróis do Mar, Nobre Povo" em Cabo Verde temos "Canta, irmão; Canta, meu irmão; Que a liberdade é o hino; E o homem a certeza."
Apesar do video não apresentar o hino oficial de Cabo Verde, deixo aqui a alegria de um povo humilde, simples e nota 10!


domingo, 5 de julho de 2009

Independência

Não quero aqui afirmar que os Negros, ou Pretos, ou whatever queiram chamar são os maiores... não é preciso! É um facto consumado! :p
Agora fora de brincadeiras...
Hoje é celebrado o dia da independência de Cabo-Verde (logo a seguir ao dos Estados Unidos que, para os mais distraídos foi ontem...). Não só em Cabo-Verde, mas em todos os países africanos de que tenho conhecimento, é sempre feito uma grande celebração com pompa e circunstância. A minha questão é: WHY?
-Ah e tal, deixamos de ser colónias, somos livres e podemos andar com as nossas "próprias pernas"...
-AND?
-E mais nada!!! Somos independentes! E isso é que importa!!!
Nunca cheguei a ter este diálogo na realidade, mas existem muitas pessoas que dizem isto entre-linhas. Não quero que começem a pensar que eu sou a favor da colonização; de forma nenhuma! Mas também não sou a favor de "independências dadas às três pancadas"
No caso Lusófono, não quero atirar as culpas para cima de ninguém... Já lá vão mais de 30 anos e o que lá vai, já foi; mas olhando para as ex-colónias portuguesas em África, fico triste ao verificar que a independência não foi sinónimo de desenvolvimento... Angola só acordou agora, Cabo-Verde é um país que pensa ser humilde por não ter muitos recursos naturais, a Guiné e S. Tomé são exemplos gritantes de miséria, e Moçambique vai coxeando...
Não sou pan africana, pelo menos não me considero, mas começo a ficar profundamente irritada de todas a vezes que vejo o "desprezo" que existe para com África. Pelo menos podia haver um pouco mais de consideração por este belo continente, nem que seja pelo facto de ser o berço da Humanidade. Eu tenho orgulho da raça a que pertenço, mas tenho raiva daqueles que fazem da Raça Negra um instrumento para serem consideradas vítimas e entristeço-me quando verifico que nós de uma maneira geral ficamos contentes com pouco...
A indepêndencia não basta. É preciso crescer, desenvolver, mostrar que somos capazes de lutar, que estamos cá!
É um facto que a escravatura e a colonização deixaram marcas que até hoje duram, mas é hora de darmos um auto-abanão. Mesmo não tendo muitos recursos, é possível fazer uma limonada com o limão. O enorme problema está na forma (ERRADA) como pensamos.
Hoje Cabo-Verde celebra a sua independência, mas pouco desenvolveu. O que é ridículo tendo em conta que tem como grande aliado o mar; mas eu espero sinceramente que daqui a uns aninhos eu veja um Cabo-Verde diferente. Espero que Cabo-Verde se desenvolva bastante e não haja a necessidade de filhos da terra migrarem para outros países à procura de um lugar ao Sol. Desejo que daqui a uns anos, se o bom Deus me permitir, celebrar a independência de um país sempre hospitaleiro, sempre caloroso e finalmente desenvolvido!
Olhar estes tempos actuais com pouca SODADE...






domingo, 28 de junho de 2009

MJ Michael Jackson

Sinceramente eu não queria muito estar a falar no assunto que tornou-se a ordem do fim de semana, e que para mal dos meus pecados suspeito que seja da próxima semana: Michael Jackson!
Se existe alguém que esteja a ler isto e seja fã dele e se sinta minimamente ofendido(a), quero desde já pedir as minhas mais sinceras desculpas.
Já estou FARTA de ligar a TV, olhar para os jornais e revistas, abrir algumas páginas na net, ligar a rádio e ouvir a mesma coisa desde quinta-feira à noite: Michael Jackson morreu!!! (É nestas alturas que eu agradeço a invenção do DVD, MP3 e dos livrinhos que tanta boa companhia me fazem...)
Talvez eu esteja a ser muito radical mas ele já morreu e não há nada a fazer! Eu também gostei dele, e bastante até ao album Black or White (achei deveras estranho ele cantar que a raça, a cor e o sexo não tinham a mínima importância, quando ele demonstrou precisamente o contrário; mas a mensagem transmitida tinha significado). Aliás foi graças a ele, e à Tina Turner, que eu aprendi inglês quando estava na primária por "imposição da minha mãe. Eu passei a minha infância e pré-adolescência a ver e ouvir Michael Jackson. Ele era o Rei! A forma como ele dançava e cantava conquistou milhares da minha geração, e não só... Mas o que é certo é que ele faleceu. Para que tanto barulho? Nada pode ser mais feito! O último capítulo deste livro já foi escrito, agora só nos resta recordar, mas não desta maneira exagerada!
Com tanta coisa importante a acontecer pelo mundo fora, os media não tem mais nada para fazer? Eu sei que este tipo de notícia vai andar nos media até já não ser interessante (leia-se interessante ou lucrativa; it's the same!), mas pensem nas milhares pessoas (poucas, maybe) que querem debater outros assuntos, querem pensar, querem estar verdadeiramente informadas!!!
Apesar de não gostar muito do Hugo Chavez, sou obrigada a concordar com ele. Michael Jackson morreu, mas ele não era o centro do mundo. Ele era um ser humano como qualquer um de nós, mas que tinha o dom de cantar e alcançou muito sucesso... E agora a morte dele está a tornar-se uma doença nos media ao ponto de adolescentes com 12, 13 e 14 anos colocarem nos hi5's, msn's e afins que nunca o esquecerão, e que adoram a música dele. Acho estranho isso, porque se bem me lembro o ultimo album dele foi em 2001, e não teve assim muito sucesso. Como é que tantos jovens nestas idades, de repente dizem idolatrar Michael Jackson, se quando ele estava no auge da carreira, eles ainda não eram nascidos e quando ele lançou o ultimo album provavelmente o que ouviriam era a música dos Patinhos... E depois há quem ainda estupidamente afirme que os media não influenciam nada... Pois!
Enfim... Espero que este meu desabafo não fira os sentimentos de ninguém, mas a continuar assim explodiria na próxima pessoa que falasse em Michael Jackson.

Fiquem maravilhosamente bem e até uma próxima