quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A Vida e a Morte

Há pessoas que não acreditam em coincidências; muito menos em obras do acaso. Outras acham que já viemos predestinadas (estupidez!!! - desculpem as mentes mais sensíveis), e outras quantas consideram que somos nós que fazemos o nosso próprio destino...
Eu não me quero alongar com estas teorias da vida e da morte. Tenho as minhas convicções e não quero argumentar sobre nenhuma delas.
O facto é que ontem lembrei-me de uma amiga muito querida que partiu (não gosto da palavra falecer) a alguns meses e curiosamente tive uma conversa com uma senhora cuja a melhor amiga também havia partido...
Lembro de que quando me relataram a forma estúpida como ela morreu (atropelada por um comboio), fiquei parva, revoltada, triste e agradecida.
Parva porque se me perguntassem quem eu acharia que iria morrer neste ano de 2008, ela seria uma das últimas (se eu a chegasse a colocar na lista). Revoltada porque ela tinha apenas 17 anos; tinha uma vida inteira pela frente... Porque ela? Porque desta maneira? Com tanta gente má neste mundo; pessoas que até pedem a propria morte, não havia mais ninguém a quem encurtar a vida?
Triste porque enfim... Quem é que fica feliz com a morte de alguém que estimamos? Ela era um doce de miúda! Tinha um sorriso lindo! Uma maneira de ser muito especial! Fiquei triste porque não lhe disse coisas que se calhar teriam melhorado o dia dela, não me lembro de alguma vez ter dado conselhos que ela levaria para a vida inteira... Triste porque se calhar, de alguma forma poderia ter evitado a morte dela...Talvez o tenha feito inconscientemente, mas não me lembro...
Fiquei agradecida porque ela partiu, mas eu estou cá. Por muito que reclame, que muito que ache que a minha vida não corre do jeito e para o lado que quero, tenho que estar agradecida por todos os dias respirar, por todos os dias ter a oportunidade de melhorar a minha vida e a vida dos outros; por todos os dias ter a oportunidade de lutar...
Quando algum ente querido sai das nossas vidas, espaços vazios ficam. Mas esses espaços devem ser preenchidos com as boas recordações que essas pessoas deixaram. A jornada delas acabou, mas a nossa não!

Temos que seguir em frente! Não é verdade que águas passadas não movem moinhos?

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