quarta-feira, 8 de abril de 2009

ESTOU NUMA DE CURTIR A MINHA DOR...

Andei numa temporada de silêncio, a curtir a dor de uma perda. Agora estou sóbria, capaz de raciocinar, de ver as coisas com alguma frieza e clareza. É duro quando perdemos alguém ou algo que gostamos muito. Mas é extremamente revoltante quando vemos que essa pessoa que perdemos e estimávamos muito não foi considerada em vida, e quando parte passa a ser uma pessoa bondosa, trabalhadora, amiga, etc, etc, etc...
Nunca gostei muito de ir a funerais. Nunca fizeram muito sentido na minha cabeça. Se alguém parte, e vamos prestar homenagem a esse alguém, porquê "invocar" os espíritos de n pessoas que partiram antes... A pessoa já não está entre nós, enterra-se, diz-se umas palavras e pronto! Para que tanto espectáculo? Para que tanta fantochada? Para que tantos gritos e histerismo? Depois as pessoas vão para a casa não sei de quem e esquecem tudo!
Sei que estou a ser extremista, mas falo de algo que senti e deixou-me revoltada... Como é que pode haver tanta falsidade? Não gostar de uma pessoa em vida e assim que ela parte coloca-la num altar. exaltar n qualidades que em vida não eram consideradas! Haja paciência; coisa que neste caso não tenho...
Sinceramente, tive que engolir muita hipocrisia. Quando for comigo, por favor atirem-me aos tubarões porque seguramente não vou sentir nada; apareçam se realmente tiveram alguma ligação à minha pessoa e se em algum sentido fiz bem; e não chorem, não vale a pena! As lágrimas não me ressuscitarão!
E se quiserem fazer uma despedida, faça uma festa de despedida à moda de New Orleans! Assisti uma vez, já faz alguns anos e fiquei fascinada!!! É uma festa em que se lembra uma partida, mas acima de tudo celebra a vida e o gozo de estar vivo!

Até uma próxima!


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